Sábado, Julho 27, 2024
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Niassa deve subsídio aos alfabetizadores

Num montante ainda não revelado, a Direcção Provincial de Educação de Niassa (DPEd) deve o pagamento do subsídio aos alfabetizadores e educadores de adultos pelas aulas leccionadas a 15.294 pessoas em 2020. Segundo a directora provincial de Educação, Alocre Saide Jaime, durante a visita da governadora de Niassa, Elina Judite Massengele, a dívida é referente a sete meses do ano passado alegadamente por falta de fundos.

Governadora do Niassa, Elina Judite Massengele

A directora provincial de Educação, na mesma esfera de Alfabetização e Educação de Adultos, para o ano em curso, fez saber que o sector prevê a abertura de 622 centros, o que representará uma subida de 11,1% em relação aos 560 estabelecimentos de 2020, onde se espera a frequência de um total de 16.058 pessoas, maioritariamente do sexo feminino, em número de 10.721.
Quanto à rede e efectivo escolar para 2021, a directora Alocre Saide Jaime fez saber que 1.234 escolas estão em funcionamento, contra 1.199 de 2020, o que constitui um crescimento de 2.9%, com uma projecção de acolhimento de 497.094 alunos, numa evolução de 1.5%.
Acrescentou ainda que dos 163.503 
novos ingressos planificados para o 
ano lectivo de 2021, foram matricula-
dos 153.249, correspondentes a 93.7% de execução.

No que concerne ao efectivo de professores, a directora referiu que a DPEd planificou a contratação de 655.
Para a aquisição de material de higienização dos estabelecimentos 
escolares no âmbito da prevenção da Covid-19, a Directora fez saber que 
recebeu do Fundo de Apoio às Escolas (FAE) um montante calculado em quatro milhões, quinhentos e quarenta mil, cento e setenta meticais.

Escolas superlotadas

Por sua vez, o chefe do Departamento Pedagógico na DPEd em Niassa, Júlio Goiane, referiu que alguns estabelecimentos do ensino primário e secundário, em toda a província, estão superlotados, apesar da nova realidade que se vive no país devido ao novo Coronavírus.
A título de exemplo, Goiane indicou as escolas da Estação, Namacula e de Aeroportos, todas situadas na cidade 
de Lichinga.
EPC de Namacula – Lichinga

“Este ano abriu nesta situação. Temos que encarrar a nova realidade. O PEA está acontecendo com insuficiência de salas de aulas. É uma ginástica 
muito grande que temos feito. Por exemplo, na Escola Primária Completa de Namacula há um universo de 5.366 alunos, mas simplesmente existem 13 salas, um número inferior. Mas também, está a EPC da Estação com mais de dois mil alunos, mas com oito salas”, lamentou Júlio Goiane, perante a governadora, em nome do povo.

Por seu turno, a Governadora de Niassa, Elina Judite Massengele, além de reconhecer a dívida, avançou haver esforços em curso com vista a resolver o problema dentro de pouco tempo. 
Com efeito, a governadora anunciou 
que 50% do valor da dívida com os alfabetizadores e educadores de adultos 
foi pago há duas semanas. “Estamos 
com problemas de desembolso de fundos. Não só para a província mas é uma realidade nacional, no geral. Mas esforços estão sendo feitos para aliviar 
o problema”
, explicou a Governadora 
de Niassa. 

Elina Judite Massengele, Governadora de Província do Niassa
Relativamente à superlotação das 
turmas, Elina Judite Massengele também reconheceu o fenómeno, dizendo que o mesmo acontece fora da vontade do seu órgão governamental, daí que preocupa e urge buscar uma solução visando a sua erradicação. Para tal, decorre neste momento o processo de elaboração de novos horários como forma de enquadrar todos os alunos e, assim, reduzir o problema de superlotação de turmas.
“O que nós deixamos como orientação é que estas escolas procurem outras que têm espaços e que não estão sendo aproveitadas para compensar o trabalho e o tempo, fazendo deslocar os alunos”, explicou a governadora.

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