Elias Dhlakama anuncia candidatura à liderança da Renamo
Renamo em choque: Elias Dhlakama entra na corrida pela liderança e promete grandes mudanças
A luta pela corrida do partido RENAMO continua. Cada vez mais, ha novas figuras aresentando o seu interesse em concorer para a liderança do partido.
Elias Dhlakama, irmão do primeiro líder da Renamo, Afonso Dhlakama, anunciou que vai candidatar-se à liderança do partido, com o intuito de resgatar a inclusão e a imagem da formação política.
Numa entrevista concedida à DW, Elias Dhlakama garantiu ter o apoio das bases e dos membros seniores da Renamo e que não tem medo de concorrer com Venâncio Mondlane.
O anúncio de Elias Dhlakama é feito num dia em que o mandato da actual máquina directiva do partido chega ao fim. O esperado era que se convocasse o congresso para a eleição de um novo presidente e outros dirigentes dos órgãos da Renamo, algo que ainda não aconteceu.
Quanto ao facto de não se ter ainda anunciado a realização do congresso, Dhlakama disse haver necessidade de se marcar a conferência para a avaliação da prestação do partido durante as eleições autárquicas.
“É do nosso conhecimento e é do domínio público que o mandato dos órgãos do partido termina no dia 17. (…) Por isso, é que há uma necessidade, antes de mais nada, de convocar-se a Comissão Política Nacional, que vai preparar as decisões. É preciso que se faça o balanço das eleições municipais, onde a Renamo perdeu. Perdemos porque, de facto, ganha quem marca. Se nós não marcarmos, significa que perdemos. Sabemos que nós ganhamos e fomos roubados. Apenas nos foram dados municípios insignificantes como forma de fazer calar a Renamo. Então, este caso, de facto, deve ser debatido no Conselho Nacional”, disse.
O candidato à presidência da Renamo apela para a observância dos estatutos, visto serem a “a Bíblia e a Constituição” do partido.
“Em princípio, aquele que é membro da Renamo sabe muito bem que os estatutos da Renamo são a Bíblia, a Constituição da Renamo. Qualquer um, para ser membro, primeiro, antes de mais nada, tem de respeitar este princípio. E chegando, normalmente, tem de existir um congresso para eleger.
Há quem pense que o congresso é apenas para eleger a figura do presidente. Não. Há muita gente que deve ser eleita. Há muitos membros da Renamo que esperam ser eleitos para o Conselho Nacional. Há muitos membros da Renamo que estão à espera de estar lá no conselho jurisdicional do partido”, explicou.
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