A província do Niassa, rica em recursos naturais e biodiversidade, tem enfrentado uma crescente ameaça devido à ação de caçadores furtivos, especialmente na área da Reserva Especial do Niassa.
Este santuário de vida selvagem, conhecido por abrigar espécies emblemáticas como elefantes e leões, tem sido alvo de atividades ilegais que colocam em risco tanto a fauna quanto os esforços de conservação.
A caça furtiva, impulsionada pelo comércio ilegal de marfim e outros produtos de origem animal, ameaça a sustentabilidade ecológica da região, exigindo medidas urgentes para proteger esse importante patrimônio natural.
Recentemente, segundo ecreve o Jornal OPAIS, desconhecidos colocaram veneno numa lagoa no Niassa e milhares de peixes morreram. Há um risco de envenenamento de outros animais que bebem da mesma água.
Uma camada branca em águas paradas, formada por milhares de peixes que morreram envenenados, numa área de conservação conhecida por Coutada Oficial Marangira, que fica no interior da província do Niassa, Norte de Moçambique.
Trata-se de uma área de conservação que faz limite com a Reserva Especial do Niassa, que tem sido alvo de caçadores furtivos que usam todo o tipo de meios à sua disposição para conseguirem animais de pequeno, médio e grande porte.
Desta vez, a acção dos furtivos foi muito longe, ao recorrerem à perigosa tática de envenenamento da água para conseguirem os seus objectivos. Um dos sócios da empresa concessionária da coutada em causa é o luso-moçambicano Carlos Queiroz, que falou em exclusivo à nossa reportagem a partir de Portugal.
“No passado dia 5, detectamos umas queimadas e movimentações estranhas, e, de imediato, enviamos as nossas equipas de vigilância, que, infelizmente, na madrugada do dia 6, confirmaram o envenenamento de uma lagoa enorme, que confina com um rio muito importante da coutada e, infelizmente, quando chegamos, era devastador aquilo que víamos pela frente – estavam centenas e centenas, para não dizer milhares de peixes mortos, envenenados. A concessionária, de imediato, lançou uma operação de vigilância e controlo para conseguirmos controlar o peixe para que não fosse recolhido e em consequência chegasse às populações, às comunidades”, disse Carlos Queiroz.
Na manhã desta terça-feira, uma equipa do Serviço Provincial de Terra e Ambiente do Niassa deslocou-se ao terreno e esta quarta-feira poderá falar à nossa reportagem sobre as constatações feitas e medidas para reduzir o risco de envenenamento de pessoas e outros animais que compõem a fauna bravia envolvente nesta área.
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