Os actos de violência praticados contra a escritora Paulina Chiziane, e sua equipa de trabalho, “são intoleráveis” para Mia Couto.
Reagindo à situação, esta terça-feira, o escritor disse, através de um vídeo partilhado com a redacção do jornal OPAIS, que actos de géneros não devem ser praticados em Moçambique, independentemente de quem for e quem seja.
Quem também reagiu ao caso de agressão, envolvendo a escritora que foi galardoada com o Prémio Camões (2021), e, no ano seguinte, com Honoris Casusa (2022), foi a Associação dos Escritores Moçambicanos, através de um comunicado divulgado esta terça-feira.
“A Associação dos Escritores Moçambicanos (AEMO) repudia veementemente a intolerância social demonstrada pela Igreja Divina Esperança, manifesta no dia 28 de Julho de 2024, contra a equipa de trabalho da escritora Paulina Chiziane, com o agravo de prática de actos de sévica e confisco criminoso de bens da escritora”, lê-se na nota de imprensa.
Para a associação, foi um acto que ameaça à liberdade de criação artística e o exercício dos direitos sociais e de cidadania.
“Entendemos, assim, que tais actos contraditórios a qualquer postura religisosa e cívica, constituem uma indadmissível ameaça à liberadade de criação artística e a ao exercício dos direitos sociais e de cidadania consagrados pela Constituição da República”.
Para obter esclarecimentos sobre os desenvolvimentos legais do caso, o jornal “O País” contactou a Polícia da República de Moçambique, através da sua porta-voz, Carlminha Leite, que confirmou a agressão e garantiu que o proceeso foi submetido ao ministério público.
OPAIS – Fonte